As taxas de juros do Fed não são um fator chave para o preço do ouro. Ao contrário do dólar, que depende das decisões do órgão regulador, o ouro é menos afetado pelas mudanças na política monetária.
Na quarta-feira, 12 de janeiro, o ouro subiu em meio a uma queda nos rendimentos dos títulos do governo americano. Isto aconteceu após o discurso de Jerome Powell, o chefe do Fed, que desencadeou o rali do metal precioso. A situação enfraqueceu o ouro, que subiu 0,06% antes, para $1.819,60. Na manhã de quarta-feira, 12 de janeiro, o ouro estava sendo negociado a $1.817,75, flutuando próximo a este nível.
Um ligeiro aumento no ouro foi impulsionado por uma queda no rendimento dos Tesouros dos EUA em dez anos (de 1,746% para 1,732%). De acordo com analistas, os rendimentos dos títulos do Tesouro americano caíram depois que o Presidente da Reserva Federal anunciou o aumento mais rápido possível das taxas de juros e a redução gradativa do estímulo.
Nos últimos três dias, o ouro subiu, tendo superado a marca psicologicamente importante de US$ 1.810. O mercado está concentrando sua atenção no metal precioso em meio às expectativas de aumento das taxas da Reserva Federal. Traders e investidores compram ouro por ser um instrumento de cobertura de riscos além das ações, sensíveis a mudanças nas taxas de juros.
Atualmente, o ouro está se afastando da inter-relação entre as taxas de juros e os instrumentos financeiros.
Segundo os analistas, é rentável comprar ouro durante as quedas, por exemplo, quando o preço chega a $1.785. Em novembro de 2021 a área de demanda era de $1.760, e em dezembro - $1.720. No futuro próximo, os economistas esperam que o ouro ganhe impulso para o crescimento. De acordo com cálculos preliminares, poderá atingir a faixa de $2.500 a $2.600 após uma correção para baixo em Fibo 61,8%.
Os mercados financeiros estão reavaliando as perspectivas da política monetária do Fed, mas estas mudanças tiveram pouco efeito sobre o preço do metal precioso. A situação atual mostra que o ouro é um importante instrumento de diversificação. Ao mesmo tempo, o ouro tem uma fraca correlação com os principais índices de ações. O risco é a inflação disparada, que o Fed está tentando conter por todos os meios disponíveis. Se o regulador dos EUA e outros bancos centrais puderem conter a inflação sem desencadear turbulência nos mercados, ela se tornará um novo trampolim para o crescimento do ouro.
