A análise atual do par GBP/USD apresenta certa complexidade. A tentativa bem-sucedida de ultrapassar o nível de Fibonacci de 50,0% em abril sugeriu a possibilidade de o mercado estar preparado para desenvolver uma onda descendente de 3 ou C. Se essa onda continuar a se formar, a estrutura do padrão de onda se simplificará e a incerteza na análise de ondas diminuirá. No entanto, nas últimas semanas, o par não apresentou mudanças significativas, o que levanta dúvidas sobre a disposição do mercado para realizar vendas.
Neste cenário, ainda é possível considerar a formação da onda 3 ou C, com os alvos de preço abaixo da mínima da onda 1 ou A, em torno da marca de 1,2035. Isso sugere que a libra esterlina pode cair pelo menos mais 600-700 pontos-base em relação aos níveis atuais. No entanto, é importante notar que essa queda prevista representa apenas uma parte relativamente pequena da onda 3 ou C esperada, o que indica a possibilidade de uma queda mais significativa no futuro. A formação completa da onda 3 ou C pode demandar um período prolongado, especialmente considerando que a onda 2 ou B já está em construção há 5 meses e ainda é classificada como uma onda corretiva. Portanto, é prudente esperar uma possível valorização do dólar no longo prazo.
O dólar não teve a preferência do mercado por um longo período.
A taxa de câmbio GBP/USD registrou um aumento de 30 pontos-base na quinta-feira, seguido de mais 30 pontos-base hoje. Com um crescimento total de 60 pontos na quarta-feira, a libra esterlina conseguiu recuperar todas as perdas desta semana. Como mencionei anteriormente, o mercado foi compelido a vender o dólar americano ontem, devido à divulgação de uma taxa de crescimento da economia americana no primeiro trimestre muito abaixo das expectativas. Embora não tenha havido notícias de destaque no Reino Unido hoje, relatórios satisfatórios foram divulgados nos EUA. No entanto, algo nos dados não agradou ao mercado, resultando em nova pressão sobre o dólar.
Especificamente, o índice de preços das despesas de consumo pessoal (PCE) para abril ficou em 0,2% em relação ao mês anterior, abaixo da expectativa de 0,3%. Os participantes do mercado provavelmente interpretaram isso como uma desaceleração na inflação, o que aumenta a probabilidade de uma postura mais dovish do Fed em relação à política monetária no futuro próximo. No entanto, essa interpretação pode ser precipitada. A inflação permanece consideravelmente alta para justificar um corte nas taxas de juros, e o índice PCE, por si só, não fornece uma conclusão definitiva sobre a trajetória da inflação subjacente. No entanto, hoje, o mercado parece ter encontrado o que procurava. Com o dólar americano ainda enfrentando desconfiança generalizada, o mercado aproveita qualquer motivo para vendê-lo. Como resultado, a análise de ondas está mais uma vez à beira de uma possível transformação significativa.
Conclusões gerais
O padrão de ondas do par GBP/USD ainda sugere um declínio iminente. Neste momento, estou mantendo minha visão de venda para o par, com alvos situados abaixo da marca de 1,2039, uma vez que a possibilidade da onda 3 ou c ainda não foi descartada. Considerando que o par girou em torno da marca de 1,2822, correspondente a 23,6% de Fibonacci, e próximo ao pico da esperada onda 2 ou b, agora é possível considerar vendas do par, com os primeiros alvos em torno da marca de 1,2315. Entretanto, é crucial proceder com cautela, pois o mercado está exibindo uma relutância extrema em aumentar a demanda pela moeda americana.
Em uma escala de onda mais ampla, o padrão de ondas se torna ainda mais evidente. A fase corretiva descendente da tendência continua a se desenvolver, com sua segunda onda alcançando uma extensão significativa - chegando a 76,4% da primeira onda. Embora uma tentativa fracassada de ultrapassar essa marca possa sinalizar o início da construção da onda 3 ou c, no momento, estamos testemunhando a formação de uma onda corretiva.
Os princípios fundamentais de minha análise:
1) As estruturas de onda devem ser simples e compreensíveis. As estruturas complexas são difíceis de serem executadas; elas geralmente trazem mudanças.
2) Se você não tiver certeza do que está acontecendo no mercado, é melhor evitar entrar nele.
3) A direção do movimento não é absoluta, e nunca poderá ser. Não se esqueça das ordens de proteção Stop-Loss.
4) A análise de ondas pode ser combinada com outras análises e estratégias de negociação.
