A estrutura de ondas está bem definida. A última onda de alta (25-30 de setembro) não conseguiu superar o pico da onda anterior, enquanto a nova onda de baixa (ainda em formação) rompeu os mínimos das três ondas anteriores. Com isso, o par parece estar desenvolvendo uma nova tendência de baixa. Uma onda corretiva pode surgir em breve, mas os compradores perderam o ímpeto. Para recuperá-lo, seria necessário um esforço significativo, o que parece improvável no curto prazo.
O cenário de notícias da sexta-feira foi muito fraco e deve continuar assim ao longo desta semana. Haverá várias declarações de membros do FOMC e do BCE, mas talvez não seja necessário analisar cada uma em detalhe. A meu ver, o mercado está focado nos temas principais, com outras notícias desempenhando um papel secundário. Por exemplo, qual seria o impacto dos índices de atividade empresarial nesta semana? Provavelmente, muito limitado. Christine Lagarde fará três discursos nos próximos dias, mas a reunião do BCE aconteceu na semana passada, e é pouco provável que sua retórica mude significativamente desde então — caso ela sequer aborde a política monetária.
Nos EUA, a situação também não é muito diferente, sendo o único relatório relevante o de pedidos de bens duráveis, que será divulgado na sexta-feira. No momento, não vejo razões para o euro apresentar crescimento. Uma consolidação acima de 1,0873 poderia fornecer suporte para um movimento de alta, mas os compradores precisam primeiro superar esse nível.
No gráfico de 4 horas, o par continua a cair em direção ao nível de Fibonacci de 38,2%, em 1,0807. Por mais de uma semana, divergências de alta têm se formado em ambos os indicadores. No entanto, essas divergências apenas sugerem a possibilidade de uma correção, já que a tendência geral mudou para baixa. Até o momento, os traders têm ignorado esses sinais. Ao mesmo tempo, surgiram divergências "bearish", que têm mais relevância em uma tendência de baixa. Uma recuperação a partir do nível de 1,0807 favoreceria o euro e poderia sustentar um leve aumento em direção a 1,0872 e 1,0935.
Relatório de Compromisso dos Traders (COT)
Durante a última semana do relatório, os especuladores fecharam 4.547 posições longas e abriram 17.401 posições curtas. O sentimento do grupo "Não-comercial" tornou-se "baixista" há alguns meses, mas, no momento, os compradores ainda predominam. No entanto, o ímpeto desses compradores enfraquece a cada semana. O número total de posições longas detidas por especuladores agora é de 169.000, enquanto as posições curtas somam 152.000.
Há seis semanas consecutivas, grandes players têm reduzido suas posições no euro. Na minha opinião, isso pode sinalizar o início de uma nova tendência de baixa ou, pelo menos, uma correção significativa. O principal fator que contribuiu para a recente queda do dólar—expectativas de flexibilização monetária por parte do FOMC—já foi absorvido pelo mercado, e atualmente não há um motivo claro para continuar vendendo o dólar. Novos fatores podem surgir com o tempo, mas, por ora, é mais provável que o dólar se fortaleça ainda mais. A análise técnica também sugere o início de uma tendência de baixa, o que me leva a acreditar em um declínio prolongado do par EUR/USD.
Calendário de notícias dos EUA e da zona do euro:
O calendário de eventos econômicos para 21 de outubro está vazio, portanto, o impacto do histórico de notícias sobre o sentimento do mercado estará ausente hoje.
Previsão para o EUR/USD e dicas de negociação:
Oportunidades de venda surgiram quando o par fechou abaixo do nível 1,1139 no gráfico de 4 horas, com alvos em 1,1081, 1,1070, 1,1013 e 1,0984 - todos os quais foram alcançados. Outras vendas poderiam ter sido consideradas após consolidarem-se abaixo de 1,0873 (ou após uma recuperação a partir deste nível), tendo como alvo 1,0797. Eu só consideraria comprar o par após uma recuperação do nível 1,0797, já que isso poderia indicar uma potencial correção para cima.
Níveis Fibonacci:
Os níveis são plotados entre 1,1003-1,1214 no gráfico horário e entre 1,1139-1,0603 no gráfico de 4 horas.
