Atualmente, os preços do petróleo bruto de referência West Texas Intermediate (WTI) dos EUA estão mostrando alguma resistência, mantendo-se acima do nível psicológico de $67,00. Isso atraiu compradores, quebrando efetivamente uma sequência de três dias de perdas.
Os preços do petróleo WTI continuam sustentados por fatores fundamentais e geopolíticos. A recente decisão da OPEP+ de adiar o aumento da oferta até abril e estender a eliminação completa dos cortes de produção até o final de 2026 oferece um suporte estrutural significativo. Adicionalmente, os conflitos geopolíticos, como a guerra na Ucrânia e a instabilidade na Síria após a derrubada do presidente Bashar al-Assad, adicionam volatilidade e sustentação aos preços.
Por outro lado, os sinais de resiliência econômica nos Estados Unidos, acompanhados do otimismo em relação às políticas expansionistas do presidente eleito Donald Trump, aumentam as expectativas de crescimento na demanda por combustíveis. Contudo, a decisão da Arábia Saudita de reduzir os preços para compradores asiáticos levantou preocupações quanto a uma desaceleração da demanda na China, o maior importador mundial de petróleo. Esse fator, combinado com os receios de excesso de oferta, pode limitar os ganhos no curto prazo.
Outro dado relevante é o aumento do número de plataformas de perfuração nos EUA, que atingiu recentemente o maior nível desde setembro, conforme o relatório da Baker Hughes. Esse incremento na produção norte-americana reforça o papel dos EUA como maior produtor global de petróleo e pode pressionar os preços no médio prazo.
Do ponto de vista técnico, os gráficos diários indicam que os osciladores permanecem em território negativo, sugerindo a ausência de momentum para uma recuperação imediata. Traders são aconselhados a monitorar sinais mais claros de suporte antes de buscar novas posições compradas.
Em resumo, apesar de fatores de suporte a curto prazo, como a decisão da OPEP+ e a resiliência econômica dos EUA, os riscos associados à demanda asiática e ao aumento da oferta norte-americana indicam que ainda é cedo para afirmar uma recuperação consistente nos preços do petróleo.