Chegamos ao principal evento da semana: a decisão de política monetária do Federal Reserve. Embora a expectativa seja de que a taxa de juros permaneça inalterada, o foco estará no que Jerome Powell dirá sobre o cenário político e econômico em rápida evolução. A economia dos EUA enfrenta dois grandes desafios: inflação e recessão. A percepção do Fed sobre qual desses fatores representa a maior ameaça ditará o tom do discurso de Powell.
A inflação tem sido a principal preocupação nos últimos anos e está voltando a acelerar, o que garante que será um dos temas centrais. Já a desaceleração econômica atingiu um ponto crítico, mas o Fed tende a aguardar mais dados antes de tomar qualquer medida, o que sugere uma abordagem de "esperar para ver".
Dado o nível relativamente alto das taxas atuais, o Fed tem margem para um corte de 0,5% se necessário. No entanto, a expectativa é que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) ajuste suas projeções, sinalizando três cortes até o final do ano. Isso pode dar pistas sobre o que Powell pretende manter em aberto.
Ainda assim, a decisão do Fed não garante clareza sobre a reação do mercado, apenas reforça a incerteza e a expectativa em torno das próximas ações dos principais participantes.
No gráfico semanal, o preço está testando a linha MACD, sinalizando um possível rompimento para cima ou uma reversão decisiva para baixo.
No gráfico diário, uma divergência se formou entre o preço e o oscilador Marlin, levantando mais dúvidas em vez de fornecer clareza. No gráfico de quatro horas, o preço parece estar equilibrado, simplesmente esperando por um sinal.
Mesmo que tivéssemos acesso antecipado ao discurso de Powell, ele provavelmente traria poucas pistas sobre as próximas ações dos principais participantes do mercado. Como mencionado em análises anteriores, a economia dos EUA tem demonstrado maior resiliência em suas disputas tarifárias com a Europa. Assim, projetamos um fortalecimento do dólar norte-americano no médio e longo prazo, embora ainda não seja certo se essa tendência começará hoje.