As ações dos EUA caem com a iminência da decisão do Fed e a escalada das tensões geopolíticas; o ouro atinge o maior nível já registrado em meio à instabilidade
A Nvidia, que deveria estar comemorando o início de sua conferência anual para desenvolvedores, viu suas ações recuarem. A Tesla, ainda lidando com as recentes polêmicas envolvendo Elon Musk, foi impactada por um rebaixamento da RBC, que reduziu seu preço-alvo. Já a Alphabet, que segue sua estratégia de aquisições de alto custo, perdeu valor após anunciar a compra da Wiz por US$ 32 bilhões. Como resultado, o Dow Jones caiu 0,62%, o S&P 500 recuou 1,07% e o Nasdaq despencou 1,71%.
A turbulência no mercado é impulsionada, em grande parte, pela expectativa em torno da decisão do Federal Reserve. O Fed mantém uma postura cautelosa em relação a cortes de juros, mesmo com os mercados já precificando uma redução de 60 pontos-base para este ano. O banco central insiste que avaliará os dados econômicos antes de qualquer decisão. Enquanto isso, a inflação voltou a surpreender, com a alta nos preços das importações aumentando as preocupações dos investidores. Siga o link para mais detalhes.
Mercado de ações dos EUA sofre correção após dias de crescimento antes da decisão do Fed
Todos os principais índices fecharam em queda: o Dow Jones recuou 0,6%, o S&P 500 caiu 1,1% e o Nasdaq registrou uma queda de 1,7%. O S&P 500 encerrou o dia com 5.614 pontos, mantendo-se na faixa entre 5.500 e 6.000. Após duas sessões positivas, os investidores poderiam esperar uma pausa, mas isso não ocorreu. Grandes empresas do mercado, como Tesla (-5,3%), Nvidia (-3,4%), Meta (-3,7%) e Alphabet (-2,3%), puxaram os índices para baixo, mesmo com notícias relevantes.
A conversa telefônica de Trump com Putin não teve o efeito esperado. A Casa Branca informou que os dois líderes discutiram um possível cessar-fogo, mas Trump claramente esperava mais. Normalmente, ele aproveita esses momentos para compartilhar seus "triunfos" nas redes sociais, mas desta vez houve um silêncio prolongado. Talvez estivesse esperando uma trégua imediata, já que seu enviado, Witktoff, havia passado várias horas em Moscou para negociações. Mas o "milagre" não aconteceu — e o mercado percebeu. Siga o link para mais detalhes.
A posição global dos EUA enfraquece, provocando saídas de capital e queda do S&P 500 em meio a tensões comerciais e aumentos de tarifas
Os Estados Unidos, que já foram considerados o centro econômico mundial, agora enfrentam as consequências de suas ações, com o capital saindo do país e o S&P 500 caindo 8,6% em relação às máximas de fevereiro. Em termos monetários, isso representa uma perda de US$ 5 trilhões em capitalização de mercado. Quem é o culpado? Em parte, Washington: em resposta ao retorno de Donald Trump à Casa Branca, foram impostas tarifas de 20% à China.
A dinâmica dos influxos de capital também é reveladora. Os investidores que controlam US$ 426 bilhões reduziram sua exposição às ações dos EUA em 40 pontos percentuais, a maior queda já registrada. Sua alocação em ações dos EUA agora é de apenas 23%, a menor desde junho de 2023. Em contrapartida, a Europa está registrando entradas de capital, com a proporção de ações europeias nos portfólios atingindo seu nível mais alto desde 2021. Acesse o link para mais detalhes.