No fechamento da última sessão regular, os índices acionários dos E.U.A. terminaram em alta. O S&P 500 subiu 2,03%, enquanto o Nasdaq 100 ganhou 2,74%. O Dow Jones Industrial Average subiu 1,23%.
As ações subiram pelo quarto dia consecutivo, registrando sua sequência de ganhos mais longa em mais de dois meses. Esse rali tem sido impulsionado pelo arrefecimento das tensões comerciais e pelos comentários recentes de autoridades do Federal Reserve, que sinalizaram estar dispostas a cortar as taxas de juros antes do que se previa anteriormente.
Os mercados asiáticos também avançaram, e o yuan recuperou parte das perdas após relatos de que a China estaria considerando suspender a tarifa de 125% sobre determinados produtos dos EUA. O índice acionário da Coreia do Sul subiu 1%, enquanto o do Japão avançou 2%, apoiado por declarações positivas relacionadas às negociações comerciais com os Estados Unidos. O ouro recuou 1,4% e o índice do dólar americano se fortaleceu.
O apetite por risco começa a retornar à medida que a Casa Branca adota um tom mais conciliador, alimentando o otimismo dos investidores quanto à possibilidade de os EUA firmarem acordos comerciais importantes com seus principais parceiros econômicos. Essa mudança de postura pode reduzir de forma significativa a incerteza que tem pressionado o crescimento global e incentivar a atividade corporativa de multinacionais. A abordagem mais moderada da Casa Branca é vista como um sinal de disposição para o diálogo e o compromisso — fatores considerados positivos tanto para os mercados acionários quanto para o dólar americano. Investidores que antes temiam uma escalada nas guerras comerciais agora demonstram maior confiança na estabilidade do comércio global e no potencial dos ativos vinculados ao crescimento econômico.
Mais um passo na direção da distensão do conflito comercial eleva as esperanças de que Estados Unidos e China deixem as diferenças de lado e avancem para um diálogo mais concreto sobre tarifas e políticas comerciais.
Como mencionado anteriormente, rumores de que a China estaria avaliando suspender algumas tarifas sobre importações americanas ajudaram a impulsionar os índices acionários na véspera. As autoridades estariam considerando remover sobretaxas sobre equipamentos médicos e determinados produtos químicos industriais.
O presidente Donald Trump também afirmou ontem que seu governo está envolvido em negociações com a China — apesar das negativas anteriores de Pequim e da exigência chinesa de que os EUA suspendam todas as tarifas unilaterais. Segundo o secretário do Tesouro, Scott Bessent, espera-se que os Estados Unidos e a Coreia do Sul cheguem a um acordo comercial já na próxima semana.
Perspectiva técnica para o S&P 500
Hoje, o principal objetivo dos compradores será romper a resistência mais próxima em $5.520. Caso esse nível seja superado, poderá haver espaço para novos ganhos, com potencial para um avanço em direção a $5.552. Outra meta importante será sustentar o índice acima de $5.586, o que reforçaria ainda mais a tendência de alta.
Em um cenário de recuo, impulsionado por uma possível redução no apetite por risco, os compradores deverão defender o suporte em torno de $5.483. Uma quebra abaixo desse patamar pode acelerar a pressão vendedora, levando o índice rapidamente de volta a $5.443, com possibilidade de um movimento adicional até $5.399.