Os diretores da Reserva Federal, Christopher Waller e Michelle Bowman, expressaram preocupação de que a relutância do banco central em cortar as taxas de juros possa causar danos desnecessários ao mercado de trabalho. A preocupação reflete o delicado equilíbrio que o Fed precisa manter entre o controle da inflação e o suporte a um mercado de trabalho saudável. Por um lado, taxas elevadas ajudam a conter a inflação ao restringir o consumo e os investimentos; por outro, podem desacelerar o crescimento econômico e elevar o desemprego.
Segundo Waller e Bowman, as condições econômicas atuais podem não justificar a manutenção de juros elevados, uma vez que a inflação começa a se estabilizar e o mercado de trabalho dá sinais de enfraquecimento. A continuidade de uma política monetária restritiva poderia levar a uma desaceleração econômica excessiva e à perda de empregos — riscos considerados inaceitáveis por ambos. Eles defendem, em vez disso, uma abordagem mais cautelosa, com redução gradual das taxas de juros, a fim de sustentar o crescimento econômico e evitar prejuízos ao emprego.
É importante destacar que Waller e Bowman votaram contra a decisão do Fed, na semana passada, de manter a taxa básica inalterada pela quinta vez consecutiva. Ambos preferiam um corte de 25 pontos-base. Em declarações separadas publicadas na sexta-feira, ambos explicaram os motivos da dissidência, destacando sinais crescentes de enfraquecimento no mercado de trabalho.
Waller e Bowman adotam uma visão que diverge da do presidente do Fed, Jerome Powell, e de outros membros do comitê, que descrevem o mercado de trabalho como resiliente e preferem adotar uma postura mais paciente quanto aos ajustes nas taxas, buscando avaliar melhor os efeitos das tarifas implementadas pelo presidente Donald Trump sobre a inflação e o desempenho da economia.
Waller afirmou em seu comunicado que acreditava que a abordagem de "esperar para ver" era excessivamente cautelosa e, em sua visão, não oferecia um equilíbrio adequado de riscos para as perspectivas, podendo fazer com que a política monetária ficasse defasada. Ele observou ainda que os riscos para o mercado de trabalho haviam aumentado à luz das revisões esperadas nos dados e da desaceleração do crescimento salarial no setor privado.
Bowman, que também atua como principal reguladora bancária do Fed, afirmou ver risco de que atrasos na atuação possam agravar as condições do mercado de trabalho e desacelerar ainda mais a economia. "Dado o movimento persistente da inflação em direção à meta de 2%, a demanda agregada fraca e os sinais de instabilidade no mercado de trabalho, acredito que devemos começar a prestar mais atenção aos riscos relacionados ao nosso mandato de emprego", acrescentou.
Trump reagiu imediatamente às declarações por meio de uma publicação nas redes sociais: "Os fortes desentendimentos no Conselho do Fed só vão aumentar!" Mais cedo, na sexta-feira, em outra mensagem, já havia pedido que os demais governadores do Fed "assumissem o controle da situação", caso Powell continuasse defendendo a manutenção das taxas.
Quanto ao cenário técnico atual do EUR/USD, os compradores precisam agora se concentrar em reconquistar o nível de 1,1600. Só então será possível mirar um teste em 1,1640. A partir daí, o par poderia alcançar 1,1665, embora isso possa se mostrar bastante difícil sem o apoio de grandes players. O alvo mais distante seria a máxima em 1,1690. Em caso de queda, uma atividade significativa de compra deverá acontecer apenas próxima do nível de 1,1555. Se não houver grandes compradores nesse ponto, será melhor aguardar um novo teste da mínima em 1,1518 ou considerar abrir posições longas a partir de 1,1479.
Quanto ao cenário técnico atual do GBP/USD, os compradores da libra precisam romper a resistência mais próxima em 1,3305. Somente isso abrirá caminho para 1,3340, acima do qual um rompimento será bastante difícil. O alvo mais distante é o nível de 1,3380. Em caso de queda, os vendedores tentarão retomar o controle sobre o nível de 1,3255. Se tiverem sucesso, um rompimento dessa faixa pode representar um golpe sério para os compradores e empurrar o GBP/USD para a mínima em 1,3217, com potencial de queda até 1,3180.
