Ontem, os principais índices acionários dos EUA encerraram o dia com fortes ganhos. O S&P 500 avançou 0,58%, o Nasdaq 100 subiu 1,12% e o Dow Jones registrou leve alta de 0,01%.
As ações mantiveram a trajetória de alta, impulsionadas por uma nova onda de compras em empresas ligadas à inteligência artificial, o que também favoreceu os ganhos nas bolsas da Ásia. O índice MSCI World subiu pela nona vez em dez sessões, enquanto as ações asiáticas registraram alta de 0,4%, lideradas principalmente por companhias de tecnologia, como a SoftBank Group Corp.
Os papéis do HSBC Holdings Plc recuaram após a notícia de que a empresa pretende privatizar uma de suas subsidiárias bancárias. Já as ações da China continental dispararam 1,6% com a reabertura dos mercados após o feriado. Os futuros dos índices acionários dos EUA permaneceram estáveis.
O ouro recuou de sua máxima histórica, mas permaneceu acima de US$ 4.000, à medida que traders realizaram lucros após a forte disparada e uma menor demanda por ativos de refúgio. O cobre se aproximou de um recorde, enquanto os preços do petróleo oscilaram após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar que Israel e o Hamas assinaram a primeira etapa de um plano de paz.
A alta nas bolsas asiáticas acompanhou os fechamentos recordes recentes dos índices norte-americanos. Ignorando as preocupações sobre uma possível bolha nas grandes empresas de tecnologia, os traders concentraram-se na resiliência corporativa e na retomada dos cortes de juros pelo Federal Reserve. Esse impulso positivo dos mercados internacionais — onde o S&P 500 e o Nasdaq atingiram novas máximas históricas — rapidamente se refletiu na sessão asiática. As expectativas de novos cortes de juros pelo Fed até o fim do ano continuam estimulando o apetite por risco, especialmente em um cenário de desinflação global.
Segundo o Amundi Investment Institute, os investidores parecem estar focados nos lucros, diante da discrepância entre as expectativas e as valorizações esticadas.
Em outros segmentos do mercado, o iene se enfraqueceu, atingindo seu menor nível frente ao dólar desde fevereiro, enquanto o índice do dólar americano recuou pela primeira vez em quatro sessões, após ganhos consecutivos.
No cenário geopolítico, Trump anunciou que Israel e o Hamas concordaram com os termos para a libertação de todos os reféns mantidos pelo grupo militante palestino na Faixa de Gaza — um avanço significativo nas negociações mediadas pelos Estados Unidos e pelo Catar, que buscam encerrar a guerra de dois anos. Se o acordo for finalizado, representará um passo importante rumo à resolução do conflito iniciado após o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, que mergulhou o Oriente Médio em crise.
Na Europa, o presidente francês Emmanuel Macron afirmou que nomeará um novo primeiro-ministro até a noite de sexta-feira, evitando, por ora, a necessidade de convocar eleições antecipadas que poderiam aprofundar o caos político na França.
Quanto à análise técnica do S&P 500, o principal objetivo dos compradores hoje será romper o nível de resistência mais próximo, em US$ 6.756, o que poderia abrir espaço para uma nova alta em direção ao próximo nível, em US$ 6.769.
Igualmente importante para os compradores (touros) será manter o controle sobre o nível de US$ 6.784, o que reforçaria a posição compradora e sustentaria o sentimento positivo.
Em caso de movimento de baixa devido ao enfraquecimento do apetite por risco, os compradores precisarão intervir por volta de US$ 6.743. Um rompimento abaixo desse suporte poderia rapidamente levar o índice de volta para US$ 6.727, abrindo caminho para US$ 6.711.