O mercado mundial de combustíveis está enfrentando turbulências. Segundo o Wall Street Journal, a Arábia Saudita emitiu um alerta sobre a possibilidade de os preços do petróleo caírem para menos de US$ 50 por barril.
O ministro de Energia da Arábia Saudita, príncipe Abdulaziz bin Salman, advertiu os integrantes da OPEP+ sobre a possibilidade de uma queda tão drástica nos preços do petróleo caso a aliança não cumpra os cortes de produção acordados.
De acordo com o WSJ, essa declaração foi interpretada como uma ameaça direta aos países que não estão cumprindo as cotas de produção. Além disso, o príncipe expressou insatisfação, enfatizando especificamente o Iraque e o Cazaquistão, que, segundo ele, não estariam honrando seus compromissos com o cartel.
A ameaça indica que a Arábia Saudita pode iniciar uma guerra de preços expandindo sua produção de petróleo. Embora a redução dos preços seja temporária, a Arábia Saudita visa aumentar sua participação no mercado a longo prazo.
Segundo o Financial Times, Riad poderia implementar ações radicais, aproveitando seus custos de produção reduzidos, para ampliar rapidamente sua disponibilidade de petróleo. Há rumores de que a partir de 1º de dezembro de 2024, o reino poderia deixar de aplicar os cortes na produção.
Atualmente, a Arábia Saudita advoga pela diminuição da produção com o objetivo de manter os preços mundiais elevados, assumindo uma maior responsabilidade dentro da OPEP+. Contudo, a nação está descontente com o não cumprimento das cotas por outros membros e com o crescimento da produção fora da OPEP+, particularmente nos Estados Unidos, o que dificulta a manutenção dos preços nos patamares desejados. Como resultado, o reino enfrenta perdas devido à redução da produção e à queda dos preços do petróleo.
A queda dos preços para US$ 70 por barril, no passado, já levantou dúvidas sobre a capacidade da OPEP+ de controlar o mercado de petróleo. Neste contexto, especialistas indicam que alguns países poderiam brevemente deixar o acordo.