Os estrategistas cambiais da Capital Economics destacam um fenômeno curioso na economia dos EUA: enquanto a economia real permanece resiliente, a pressão inflacionária está diminuindo. Um verdadeiro paradoxo!
Em novembro, o Núcleo do PCE, que exclui alimentos e energia, registrou um aumento modesto de 0,11%, o menor em seis meses. Esse resultado marca uma desaceleração em relação ao crescimento de 0,25% nos dois meses anteriores. Com isso, a inflação anualizada de três meses caiu para 2,5%, comparado aos 2,8% registrados anteriormente. Já a taxa para os seis meses subiu ligeiramente, de 2,3% para 2,4%.
Embora a inflação geral, que inclui alimentos e energia, tenha subido 0,13% no mês, a taxa anual permaneceu estável em 2,8%. Os gastos do consumidor também mostraram aumento, com o consumo real nos EUA crescendo 0,27% no último mês do outono. Como resultado, a previsão de crescimento do consumo para o quarto trimestre de 2024 foi revisada para 3,0%.
Os analistas da Capital Economics projetam uma leve aceleração do crescimento do PIB no quarto trimestre, esperando um crescimento de 3,3%, comparado aos 3,1% do terceiro trimestre de 2024.
Embora a economia dos EUA continue forte, esse crescimento moderado na inflação se alinha com as metas da Reserva Federal. Isso abre a possibilidade de manter as taxas de juros estáveis. No entanto, ainda existem riscos que podem impactar a expansão econômica, como desacelerações globais ou desafios no mercado de trabalho.