Uma batalha incomum surgiu em torno da penny, a moeda de um centavo. Para Donald Trump, atual presidente dos EUA, seu tempo chegou ao fim, e mantê-la em circulação representa um gasto desnecessário.
Trump determinou ao secretário do Tesouro, Scott Bessent, o fim da cunhagem da penny, citando os gastos excessivos com sua fabricação.
O presidente afirmou que, por muito tempo, os Estados Unidos cunharam centavos que custavam mais de dois centavos cada, o que considerava um grande desperdício. Acrescentou que era necessário cortar esse tipo de despesa do orçamento nacional, reduzindo custos até nos menores detalhes.
Segundo o relatório fiscal de 2024 da Casa da Moeda dos EUA, o custo para fabricar e distribuir cada penny subiu para 3,7 centavos — 20% a mais que no ano anterior. Esse aumento se deve, em grande parte, à alta nos preços do zinco e do cobre.
O debate sobre o futuro da moeda não é novo. No ano passado, o The New York Times abordou o chamado "paradoxo da penny": a maioria dessas moedas acaba esquecida como troco e raramente volta a circular, forçando a emissão constante de novas unidades.
Agora, as autoridades estão levando a questão mais a sério. Em janeiro de 2025, o Departamento de Eficiência do Governo, liderado por Elon Musk, revelou que, em 2023, a fabricação da moeda custou aos cofres públicos US$ 179 milhões.
Apesar dos argumentos econômicos, alguns especialistas alertam para os impactos da medida. A eliminação da penny poderia dificultar transações em dinheiro e encontrar resistência entre consumidores acostumados ao seu uso. Além disso, comerciantes e instituições financeiras teriam de se adaptar a novas regras de precificação e troco.
Enquanto o governo defende a mudança como um avanço na eficiência fiscal, o destino da penny segue indefinido, dividindo opiniões entre economia e tradição.