A economia dos Estados Unidos pode estar prestes a enfrentar uma reviravolta. Analistas alertam que o país caminha rumo a uma “recessão iminente” caso os parceiros comerciais dos EUA reajam às tarifas impostas pelo presidente Donald Trump.
Se a Casa Branca levar adiante os planos tarifários anunciados, o mercado financeiro poderá sofrer um “choque sísmico”, adverte Mark Zandi, economista-chefe da Moody’s.
Fontes próximas ao governo revelam que os assessores de Trump já elaboraram propostas para aplicar tarifas de 20% sobre a maioria dos produtos importados. A concretização desse cenário representaria uma ameaça significativa tanto à economia global quanto aos mercados acionários. Especialistas são unânimes: o restante do mundo não ficará de braços cruzados. Para Zandi, antigos parceiros comerciais dos EUA se transformarão rapidamente em adversários diretos. Diante desse embate, a economia americana entraria em recessão imediata, com consequências severas. “Essa crise pode durar mais de 12 meses, e o desemprego pode ultrapassar 7%”, estima o economista.
Do outro lado do Atlântico, a União Europeia já se prepara para responder. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que as medidas extremas adotadas por Trump estão acelerando a integração do bloco. Segundo ela, as barreiras comerciais internas entre os países da UE serão eliminadas rapidamente como forma de resposta. “Bruxelas dispõe de instrumentos para proteger sua economia”, declarou. Ela ainda ressaltou que a Comissão Europeia negociará com os EUA em posição de força, amparada no mercado interno do bloco, nas tecnologias europeias e no setor de serviços.