O petróleo iniciou a semana com um leve ganho, à medida que o mercado reagiu a mais uma rodada de desenvolvimentos geopolíticos. Durante as negociações na Ásia no início da semana, o Brent subiu 34 centavos (0,54%), atingindo US$ 67,07 por barril. O WTI dos EUA (futuros de outubro) também avançou 34 centavos, chegando a US$ 63,02, enquanto o contrato mais ativo de novembro subiu 36 centavos (0,58%), para US$ 62,76.
Esse movimento segue um padrão familiar nos mercados de energia: quando tensões geopolíticas aumentam, os preços do petróleo tendem a subir. Desta vez, o impulso veio de notícias da Europa e do Oriente Médio.
Na Europa, as tensões aéreas se intensificaram quando, segundo relatos da mídia, aeronaves russas violaram o espaço aéreo da Polônia e da Estônia. Embora não haja uma ameaça imediata ao fornecimento de petróleo, os mercados tendem a se inquietar muito antes que surjam consequências diretas, especialmente quando o clima global é mais influenciado por tensões políticas do que por fatores físicos, como o clima.
No Oriente Médio, a atenção permanece elevada. Quatro países ocidentais reconheceram o Estado Palestino, provocando uma reação intensa de Israel e aumentando a instabilidade regional — uma área crucial para a produção e exportação de petróleo. Não surpreende que o mercado não tenha ignorado mais esse ponto de tensão geográfica.
Ao mesmo tempo, o mercado de petróleo enfrenta pressões do lado da oferta. O Iraque está aumentando suas exportações: em agosto, a média diária atingiu 3,38 milhões de barris, com expectativa de 3,4–3,45 milhões em setembro. O país está gradualmente saindo dos cortes voluntários de produção estabelecidos pelo acordo da OPEC+, sinalizando um aumento progressivo da oferta no mercado.
O equilíbrio entre “notícias preocupantes” e “oferta crescente” tem feito os preços do petróleo se moverem de forma cautelosa e indecisa. Por enquanto, há algum impulso de alta, mas sem oscilações dramáticas nos preços.
Como sempre, os investidores permanecem atentos, especialmente agora, quando as circunstâncias globais deixam claro que o petróleo reage não apenas a dados econômicos, mas também ao sentimento global — que dificilmente pode ser considerado calmo.