A agência de classificação internacional Fitch elevou a nota de crédito da Itália de “BBB” para “BBB+” e manteve a perspectiva estável. A classificação de curto prazo do país também melhorou, e o teto da Itália foi elevado de “AA” para “AA+”. Parece que a Itália finalmente conseguiu se enquadrar no quadro da disciplina fiscal europeia — pelo menos no papel.
A Fitch atribui esse sucesso à crescente prudência orçamentária e ao firme compromisso com os objetivos complexos, mas amplamente compreensíveis, da UE. A política tornou-se mais estável, as reformas avançam e os saldos externos estão um pouco menos frágeis. Em resumo, a Itália promete manter suas contas em ordem e seguir as regras.
Segundo a Fitch, projeta-se que a economia italiana cresça apenas 0,6% em 2025 e mal acelere, atingindo 0,8% em 2026–27. Em comparação, a taxa média de crescimento para países com nota “BBB” é de cerca de 2,5%. Em outras palavras, a Itália corre uma maratona no ritmo cauteloso de um aposentado, não em uma corrida rápida.
A demanda interna deverá desempenhar o papel principal, compensando um setor externo pouco impressionante. Pelo lado positivo, o mercado de trabalho está em boa forma — o desemprego está abaixo da média da zona do euro, confirmando que os italianos ainda sabem trabalhar ou, talvez, apenas melhoraram na papelada.
A primeira-ministra Giorgia Meloni declarou que a elevação da nota é um claro sinal de confiança e prova de que as políticas do governo estão no caminho certo. Espera-se que isso seja mais do que um “diploma político” e marque o início de um novo capítulo no desenvolvimento do país.
Se essas melhorias continuarem, a Itália poderá adicionar os upgrades de agências de classificação à sua lista de conquistas nacionais, ao lado de pasta e ópera.