O CEO da Apple, Tim Cook, dá o exemplo, mostrando que, mesmo em uma era de hype digital e empreendimentos de alto risco, líderes de gigantes da tecnologia não se furtam a reforçar seus portfólios pessoais com ativos como Bitcoin e Ethereum. Cook possui criptomoedas há cerca de três anos, embora mantenha a quantidade exata em absoluto sigilo.
No entanto, a política corporativa da Apple difere das preferências pessoais de seu executivo-chefe. Apesar de suas reservas bilionárias e fluxos de caixa robustos, a empresa não tem pressa em adotar criptomoedas. “Não acho que as pessoas compram ações da Apple para ter exposição a criptomoedas”, disse Cook. E é fácil entender o motivo: por que alguém desestabilizaria um negócio estável e conservador ao introduzir volatilidade em um setor definido pela confiabilidade?
Enquanto Tesla e MicroStrategy promovem abertamente seus investimentos em cripto e até aceitam Bitcoin como forma de pagamento, a Apple adota uma abordagem mais cautelosa. O PayPal, por sua vez, já integrou criptomoedas em sua plataforma de pagamentos, enquanto a Apple permanece observando os desenvolvimentos à distância.
Para a Apple, a criptomoeda funciona mais como um tempero do que como prato principal. Pode ser útil em pequenas doses, mas em excesso poderia desestabilizar o modelo de negócios cuidadosamente equilibrado da empresa. Investidores que buscam exposição a cripto são incentivados a fazê-lo por conta própria, enquanto a Apple demonstra pouco interesse em comprometer bilhões corporativos em ativos digitais — pelo menos, por enquanto.