O bilionário Paul Tudor Jones finalmente revelou sua receita para o “portfólio de investimentos perfeito” — e, sem grandes surpresas, ele inclui Bitcoin, ouro e ações de tecnologia. Na visão de Jones, esse trio é o único capaz de sobreviver à era da inflação, em que o Federal Reserve continua injetando dinheiro no sistema e o orçamento dos EUA permanece confortavelmente no vermelho, levando investidores a buscar refúgio diante da turbulência dos mercados financeiros.
Jones comparou a disparada atual do Bitcoin à explosão das empresas de tecnologia em 1999, mas com uma diferença importante: desta vez, os fundamentos são mais sólidos. Ou seja, não se trata apenas de uma bolha, é uma bolha com alicerces firmes. O bilionário comprou Bitcoin pela primeira vez em 2020, por volta de US$ 9.000, e desde então o ativo multiplicou seu valor por quatorze, atingindo uma capitalização de mercado de US$ 2,4 trilhões, superior ao PIB de muitos países pequenos.
Segundo Jones, as vantagens do Bitcoin estão em sua oferta limitada, apenas 21 milhões de moedas, como ingressos de um show esgotado, e em sua natureza descentralizada. Esses fatores conferem ao ativo um charme enigmático e o colocam na mesma categoria do ouro, o clássico ativo de proteção. Na nova versão de seu portfólio, quem domina o palco são as criptomoedas, o ouro e as empresas de tecnologia.
Se antes o Bitcoin parecia um brinquedo para especuladores, hoje grandes corporações e investidores institucionais já aderiram à festa cripto, e não o veem mais apenas como diversão. Jones acredita que esse novo sentimento marca o início de uma era promissora para os investimentos, em que inflação e dívida pública deixam de ser ameaças e passam a ser oportunidades disfarçadas.