O ouro e a prata voltaram a ocupar o centro das atenções como os ativos mais cobiçados de 2025, quebrando recordes históricos em meio ao aumento da incerteza global. O ouro ultrapassou US$ 4.170 por onça troy, levando até os investidores mais céticos a reverem seus portfólios. A prata seguiu o mesmo caminho, superando US$ 52 pela primeira vez, formando assim uma dupla reluzente no universo dos metais preciosos.
Segundo analistas, o rali é impulsionado pelo recrudescimento das tensões geopolíticas em torno da China. A decisão de Pequim de reforçar os controles sobre as exportações de terras raras, somada às ameaças de novas tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, reacendeu o interesse por ativos tradicionalmente considerados refúgios seguros.
O Bank of America já projeta preços ousados para 2026: US$ 5.000 para o ouro e US$ 65 para a prata. Em outras palavras, esses metais deixaram de ser apenas portos seguros, tornaram-se protagonistas de peso no cenário financeiro global.
Os bancos centrais reforçam essa tendência: no último ano, adicionaram mais de 15 toneladas de ouro às reservas, reduzindo drasticamente as vendas. A Rússia, em especial, praticamente saiu do mercado vendedor. Nesse contexto, o ouro passou a ocupar destaque em portfólios antes dominados pelo Bitcoin.
A disparada dos preços também reflete pressões macroeconômicas mais amplas, desde o aumento das dívidas soberanas e os riscos geopolíticos não resolvidos até a erosão da confiança em ativos atrelados a moedas fiduciárias.
Assim, para quem vê pouco brilho nas contas de poupança tradicionais, ouro e prata despontam agora como opções de investimento literalmente reluzentes.