A Índia está entrando na era digital ao se preparar para lançar a rupia digital, uma criptomoeda oficial projetada para funcionar como dinheiro comum, mas com algumas melhorias, como rastreamento de transações em tempo real e maior segurança. O ministro do Comércio, Piyush Goyal, enfatiza que não se trata apenas de um artifício para colecionar moedas, mas de uma medida séria, apoiada pelo Banco Central da Índia, destinada a promover estabilidade e construir confiança.
Embora não sejam explicitamente proibidas, as criptomoedas privadas enfrentam tributação elevada, o que desestimula efetivamente seu uso generalizado. Os traders indianos pagam um imposto fixo de 30% sobre os lucros, além de um imposto adicional de 1% sobre transações acima de US$ 112. Segundo Goyal, essa é uma maneira sensata de proteger os cidadãos dos riscos das criptomoedas, consideradas entidades arriscadas na Índia, melhor deixadas intocadas.
Dito isso, a Índia não impôs uma proibição total. Na verdade, uma comissão parlamentar se manifestou a favor da criação de estruturas regulatórias claras. Alguns especialistas em política chegaram a sugerir a criação de uma reserva estratégica de BTC. Ainda não se sabe como isso se encaixará na visão da rupia digital, mas a política indiana sempre reserva espaço para reviravoltas surpreendentes.