A BCA Research afirma que tanto o ouro quanto o Bitcoin continuarão sendo ativos atraentes para investidores de longo prazo. No entanto, os analistas acreditam que, com o tempo, a versão digital do valor tende a superar a física, à medida que o mercado migra gradualmente do lingote para o blockchain.
Após uma queda de 10% no preço do ouro, os estrategistas da BCA afirmaram que a correção está próxima do fim e que o metal preserva sua forte atratividade como ativo de refúgio. Eles destacam que o ouro segue superando outras commodities graças ao seu efeito de rede — seu status de porto seguro não depende apenas de suas propriedades físicas, mas principalmente da confiança dos investidores e das ações dos bancos centrais.
Entretanto, um novo elemento entrou nessa equação: o Bitcoin. Segundo a BCA, a criptomoeda replica a lógica do ouro. Seu valor também se apoia em um efeito de rede, embora dentro de um ecossistema totalmente digital. Com uma capitalização de mercado de cerca de US$ 2 trilhões, contra aproximadamente US$ 30 trilhões do ouro, o potencial de crescimento do Bitcoin é, objetivamente, muito maior.
Os pesquisadores apontam três fatores principais que determinam o valor de longo prazo do ouro: o nível geral de riqueza global, a parcela de ativos alocada a instrumentos de refúgio,e a disponibilidade de alternativas.
E, segundo a análise, o Bitcoin está emergindo justamente como essa alternativa — um ativo digital de proteção que começa a atrair parte do capital tradicionalmente destinado ao ouro.
A BCA Research conclui que, à medida que o papel dos ativos digitais se fortalece, os investidores tenderão a diversificar suas carteiras com maior exposição às criptomoedas.
O ouro continuará servindo como base de segurança, enquanto o Bitcoin será visto, cada vez mais, como um instrumento de crescimento.