O rendimento dos títulos do governo brasileiro de 10 anos caiu para abaixo de 13,25%, marcando uma mínima de um ano, à medida que os investidores cada vez mais antecipam uma mudança para uma política monetária mais leniente após os dados recentes do PIB. O crescimento do PIB foi registrado em 1,8% ano a ano para o terceiro trimestre, o ritmo mais lento em mais de três anos, indicando uma desaceleração no ímpeto econômico. Isso aumentou a probabilidade de que o banco central possa começar a reduzir as taxas de juros, que atualmente estão próximas de um pico de duas décadas. Apesar da desaceleração, ela permanece ampla, mas gradual, com um mercado de trabalho forte e crescimento contínuo dos salários reais, impulsionando as rendas das famílias e as receitas fiscais, aliviando assim as pressões fiscais imediatas. A inflação geral caiu para aproximadamente 4,68% em outubro, enfraquecendo o argumento para manter a taxa Selic em seus picos históricos e reduzindo os prêmios de risco de prazo nominais. Além disso, os ajustes recentes nas políticas fiscais reduziram o risco soberano percebido, e a queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA diminuiu a taxa livre de risco global, incentivando investimentos em ativos brasileiros de maior rendimento e contribuindo para a redução nos rendimentos dos títulos locais.