A GetBlock Magazine e a Forbes relataram uma tendência alarmante: desde fevereiro de 2025, o número de sequestros e agressões relacionadas a criptomoedas aumentou 169%. Só neste ano, já foram registrados 48 incidentes, um terço a mais do que em todo o ano de 2024. As vítimas incluem não apenas usuários comuns de carteiras de Bitcoin, mas também executivos de alto escalão de empresas do setor cripto.
A França lidera o ranking com 14 casos reportados. Cibercriminosos estão explorando vazamentos de dados: quando endereços e números de telefone de detentores de criptomoedas caem em mãos erradas, os investidores se tornam alvos de extorsão física.
Um exemplo concreto ocorreu em 6 de setembro, em Cambridge, no Canadá, quando um jovem foi sequestrado, ameaçado com arma de fogo e forçado a transferir fundos para uma carteira de terceiros. Os agressores teriam comemorado o sucesso em uma van escura, mas a vítima conseguiu escapar com ferimentos leves.
O especialista em segurança Jameson Lopp alerta que a valorização e a alta das cotações do Bitcoin estão correlacionadas com o aumento de ataques físicos a detentores de cripto. Por outro lado, ele aponta avanços na autoproteção: novos métodos de armazenamento e carteiras multiassinatura estão tornando a vida mais difícil para os criminosos. Lopp recomenda não exibir seus ativos em público, mantê-los bem protegidos e sempre utilizar senhas fortes.
Em resumo, manter suas criptomoedas seguras não envolve apenas proteção digital, também exige cuidados no mundo real.
