Donald Trump, fiel ao seu estilo direto, recusou-se a se reunir com líderes democratas para discutir o financiamento do governo, classificando as exigências do partido como pouco sérias e ridículas. Em sua rede Truth Social, o presidente chegou a acusar seus opositores de ameaçar paralisar agências federais caso não recebam mais de US$ 1 trilhão para bancar programas que considera duvidosos.
Entre esses programas, segundo Trump, estariam a assistência médica gratuita para imigrantes sem documentos, cirurgias de redesignação de gênero para menores e o que descreveu como um plano para permitir que “imigrantes criminosos ilegais roubem bilhões de dólares” dos contribuintes. Para ele, negociar diante de demandas tão radicais seria um exercício inútil.
O presidente também destacou que venceu a eleição por uma margem histórica em todos os sete estados decisivos e acusou os democratas de tentarem desmontar um fundo essencial para hospitais rurais, criado pelos republicanos. Segundo Trump, a responsabilidade agora recai sobre os democratas. Ele afirmou que estaria disposto a dialogar, mas apenas se o partido adotar uma postura mais pragmática, voltada para o futuro do país. Por enquanto, disse ele, resta saber se seus adversários vão demonstrar ao menos um mínimo de bom senso.
Enquanto isso, a tensão em torno do financiamento federal aumenta, e a possibilidade de uma paralisação do governo torna-se cada vez mais real. Com posições tão rígidas, as negociações transformaram-se em um verdadeiro espetáculo político, no qual o futuro dos serviços públicos e de milhões de trabalhadores permanece em jogo.