O mercado de criptomoedas vive um momento de contraste entre expectativa e cautela. Eric Trump, vice-presidente executivo da Trump Organization, adotou um tom claramente otimista ao prever que o Bitcoin poderia chegar a um milhão de dólares, impulsionado pelo interesse crescente de grandes corporações em manter ativos digitais como reserva de valor de longo prazo. Para ele, até mesmo as perspectivas de curto prazo, especialmente para o quarto trimestre de 2025, parecem favoráveis.
Segundo Trump, há três motores principais capazes de impulsionar uma nova alta meteórica do BTC. O primeiro é a expansão acelerada da oferta global de moeda, que leva investidores a buscar proteção em ativos de oferta limitada. O segundo é o ciclo de cortes de juros da Reserva Federal, que cria condições ideais para o avanço de ativos de risco. O terceiro é o fator histórico: tradicionalmente, o mercado cripto costuma apresentar desempenho mais forte no último trimestre do ano.
Mas o cenário real está longe dessa euforia, já que a criptomoeda negocia atualmente na casa dos US$ 105 mil. Após um forte rali em setembro, o mercado sofreu um baque em meados de outubro, quando perderam-se cerca de US$ 20 bilhões em valor de mercado, um lembrete de que a volatilidade continua sendo a marca registrada das criptomoedas.
Entre analistas da indústria, o sentimento é dividido. Jeffrey Kendrick, do Standard Chartered, também acredita em uma alta expressiva e projeta o Bitcoin chegando a US$ 200 mil até o fim de 2025, ecoando parcialmente o otimismo de Eric Trump. A visão positiva não se restringe ao BTC: Trump acredita ainda que os stablecoins fortalecerão o dólar, e não o contrário.